Beleza de blocos; bagunça de escolas de samba
Aline Louise e João Ricardo
Andrea Maio, da produção do Túnel do Sacavém, falava esbaforido com a reportagem enquanto tentava aplicar adereços nos carros alegóricos. Ele contou que o dinheiro do financiamento público só foi liberado na
sexta-feira (27), uma semana antes do carnaval.
Outro problema técnico atrapalhou o andamento dos desfiles, desta vez, da produção da própria festa carnavalesca. O cronômetro deixou de funcionar durante a passagem dos blocos afro, que antecederam as escolas de samba tradicionais. A produção local explicou que o fato deveu-se a um mau contato, mas que foi resolvido antes das 21 horas – horário marcado para a primeira escola de samba desfilar.
Blocos tradicionais empolgaram no sábado
O campeão será conhecido apenas na quarta-feira de cinzas, mas quem venceu na última virada de sábado para domingo foram os maranhenses
e turistas, que vibraram com o desfile dos 22 blocos tradicionais, na Passarela do Samba, no Anel Viário.
Mesmo debaixo de chuva, a plateia, que teve a entrada mais barata, ou seja, não precisou comprar ingresso, assim como no ano passado, uma vez que a Prefeitura de São Luís entendeu que todos já haviam pago,
como contribuintes, para mais uma armação da passarela.
Do primeiro ao último bloco, o folião foi junto com a batucada, que é característica do folclore maranhense. Batucada esta que passa por um processo importante. Assim como o tambor de crioula, pode se transformar em bem imaterial do Brasil. O desfile, inclusive, fez parte da base necessária para a produção do dossiê.
Praticamente, sem nenhum atraso, quem foi a passarela viu variados temas sendo homenageados pelos blocos. Após o desfile, alguns grupos aumentaram ainda mais a expectativa quanto à conquista do título em 2011, assim como outros começaram a ficar preocupados com o ebaixamento para o Grupo B.
Este ano, a fórmula encontrada para definir a ordem de apresentação foi diferente dos demais anos. Os tidos como mais populares não necessariamente ficaram por último, deixando os menores com as primeiras apresentações. A base do sorteio, blocos importantes dividiram-se ao longo da noite/madrugada.
Cada bloco teve 15 minutos de apresentação e nenhum ultrapassou o tempo. Na apresentação de Os Feras e Os Foliões o cronômetro não apresentou o tempo ao público, mas a organização confirmou ao final das apresentações que nenhum dos dois avançou a marca determinada.
Tudo começou às 19 horas, com os Dragões da Liberdade, de fantasias amarelas. Logo em seguida, veio o Pierrot, de azul, com Roberto Ricci puxando o samba. Os Trapalhões apresentou o tema Quilombos de São Luís e seus Zumbis, com Vovô comandando a folia, mesmo com a forte chuva.
Fonte:
https://www.oimparcialonline.com.br/noticias.php?id=74295